terça-feira, 29 de setembro de 2015

Quem são e o que os meus clientes querem?

Por Adriano Botelho

Rene Magritte - The month of the grape harvest
Com a correria do dia a dia o consumidor procura ganhar tempo em suas compras on line sendo assim surgem outras oportunidades de negocio para as empresas, como por exemplo, vendas com tempo de entrega reduzido, ou até entrega no mesmo dia.

Fica claro de como esse estilo de negócio consegue resolver problemas relacionados a falta de tempo, porém, em alguns casos essa facilidade ou comodidade acaba se tornando um problema para o consumidor.

Pois as empresas precisam conhecer e entender quem é o seu cliente principal, pois só assim será possível se dedicar para atende-lo da melhor forma possível e desta maneira fidelizá-lo, para fazer isso esqueça de brindes e promoções, basta resolver seus problemas.

A grande parte das empresas estão preocupadas simplesmente em vender. Um cliente, uma venda. E depois, esse cliente vai para onde? Será que ele volta? O que as empresas precisam fazer para ele voltar? Será que ele foi bem atendido? Será que os seus problemas foram resolvidos? Será que o consumidor foi ouvido, ou melhor, existe um canal eficiente para o dialogo?

As empresas que se preocupam com o cliente, resolvendo de forma simples e objetiva qualquer problema, tende a estar na frente da concorrência, parece obvio mas no mundo corporativo, isso não é tão evidente assim, pelo menos em território nacional.

Então quando uma empresa se diz 100% focada nas necessidades de seus clientes, isso é realmente verdade? Ou melhor, ela realmente se dedica para cada cliente 100% de seus esforços?

De acordo com um artigo publicado no site, Harvard Bussiness Review, somente entendendo o cliente é possível entregar o que ele deseja.

Existem algumas maneiras para fidelizá-lo utilizando a tecnologia:

  • Colete informações - Para isso utilize cada interação e não espere que o cliente faça isso por você.
  • Faça uma mineração nos dados - Não utilize dados genéricos para fazer uma estratégia de marketing, só em um nível mais profundo e detalhado será possível entender o cliente.
  • Identifique e invista em seu cliente principal - Em vez de dar ênfase em quanto o cliente gasta em uma compra, calcule o potencial de quanto ele pode comprar no futuro. Isso ajuda a identificar principais clientes cuja fidelidade vale a pena conquistar.

Outro ponto importante que deve ser lembrado, facilite as coisas. Como? Removendo os obstáculos. Quais? Problemas no atendimento. Analise os feedbacks dos clientes, analise o nível de burocracia existente entre o cliente e a empresa. Resolva o problema e previna o próximo.

Conheça o seu cliente o mais rápido possível, entenda o que ele necessita da sua empresa.

As empresas aplicam esforços preciosos na tentativa de agregar mais valor ao seu produto criando novidades, quando na verdade deveriam canalizar estes esforços para conhecer e entender melhor o seu cliente.

Pense diferente! 

Imagem: Courtesy WikiArt.org - Rene Magritte - The month of the grape harvest

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Não tenha colaboradores fora da caixa

Por Antonio Adriano Gomes

 Rene Magritte - Pandora's Box (La Boite a Pandore)
Em tempos de grande competitividade no mundo dos negócios, é comum ver nas empresas campanhas de incentivo para que seus colaboradores pensem "fora da caixa". Essas campanhas premiam individualmente aqueles que tiveram uma ideia e que seus gestores acreditam ser "fora da caixa".

Claro, sem dúvida alguma, colaboradores agregam valores as empresas com ideias que extrapolam e superam as dificuldades do dia a dia.

Mas para incentivar a criatividade e que traga a inspiração para novas ideias, as organizações devem mudar essa forma de incentivo

Não tenha caixas em sua empresa. Quebre barreiras que limitam a criatividade das pessoas.

Segundo o dicionário, caixa é um receptáculo destinado para guardar objetos. Se temos caixa em nossa empresa, significa que temos ideias guardadas e que talvez nunca a coloquemos em prática.

As empresas devem criar um ambiente colaborativo para que as pessoas exponham, desenvolvam e trabalhem em suas ideias.

Uma das maiores redes sociais, o Orkut, surgiu nos momentos fora da rotina de trabalho de seu criador Orkut Buyukkokten, hoje seu patrimônio é estimado em USD 6,7 bilhões.

O Facebook utiliza hackthons internos para incentivar a criação e a inovação. Hackthons são maratonas de programação onde os participantes tem a liberdade para criarem novos produtos, estimulando o trabalho em equipe e a inovação. A opção de like ou curtir uma publicação, foi concebido durante um hackthon. 

Várias ações podem ser tomadas para que seja colocada pra fora essa energia criativa, dentre elas:

  • Tenha momentos de descontração.
  • Proporcione um ambiente colaborativo entre as pessoas.
  • Construa um ambiente inspirador.
  • Saiba ouvir, por mais que uma ideia não seja colocada em prática naquele momento, ela pode ser o ponto de partida para outra grande ideia.
  • Incentive a pesquisa e o estudo.
  • Comemore os resultados com todos. 

Muitas dessas ações podem confrontar com a cultura da empresa, mas se você busca estar cercado das melhores e mais criativas pessoas, prontas para responder a altura das rápidas mudanças do mercado, esse é o caminho.

Portanto, se te perguntarem se na sua empresa tem pessoas que pensam fora da caixa, a sua resposta deve ser simples, mas que caixa?

Pense diferente!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Trabalhadores do Conhecimento

Por Alexandre Oliveira

Alphonse Legros Thinker (Le penseur)
Existem muitos desafios na gestão estratégica de pessoas, mas um tipo de profissional em particular se destaca devido ao alto grau de dificuldade: os trabalhadores do conhecimento.

Quem são eles? O que eles fazem para serem tão especiais?

Como exemplo de trabalhador do conhecimento pode-se citar o Analista de Sistemas.

Através de experiência prática posso afirmar que a maior parte da complexidade que este profissional deve dominar é totalmente arbitrária, imposta e completamente fora de lógica por muitos sistemas e instituições humanas, as quais resultados devem estar em conformidade.

Devido ao conhecimento tácito, a maior parte do seu trabalho ocorre dentro de sua cabeça, portanto difícil ser observado, passado a outras pessoas e consequentemente mensurado pelos gestores. O que por um lado é um problema para gestão, por outro o torna especial para a organização, pois ele é rápido e preciso ao criar soluções que resolvem inúmeros problemas.

Existem muitas soluções que depois de apresentadas, podem parecer para olhos menos atentos, óbvias. Mas não se enganem, no caminho percorrido existem vários processos que envolvem grande poder de concentração, capacidade de raciocínio lógico, pressentimento e intuição.

Quando ocorre um problema em um processo crítico e complexo envolvendo um cliente, o tempo de resposta precisa ser o menor possível.

É nesta hora que o trabalhador do conhecimento mostra seu valor.

O gestor deve identificar quais colaboradores da organização possuem este perfil. Devido a qualidades que não são encontradas com facilidade, e em alguns casos levam anos para que uma organização forme este profissional.

Trata-se de colaboradores que a organização não pode se dar ao luxo de ignorar.

Dentre as suas principais características estão:

  • Ampla visão do negócio;
  • Sinceridade acima de tudo;
  • Criatividade fazendo o simples;
  • Atitude que ultrapassa os limites de suas atividades;
  • Mantem o controle emocional sob pressão;
  • Não negociam a qualidade do que fazem em hipótese alguma;

Cabe ao gestor, providenciar a limpeza do ambiente de trabalho. Trabalhadores do conhecimento possuem tolerância zero a atividades tediosas que não agregam valor ao negócio da organização.

Segundo Julian Birkinshaw, professor de estratégia e empreendedorismo na London Business School, o trabalhador do conhecimento foi contratado para usar seu discernimento. Trata-se de fazer as perguntas certas e agir com base nas respostas.

O gestor precisa ajudar o este profissional a realizar mudanças em sua rotina diária de trabalho, que aumentarão sua produtividade.

Tais como:

  • Identificar tarefas de baixo valor;
  • Decidir se descarta, delega ou redesenha;
  • Tarefas de descarga;
  • Distribuir o tempo liberado;
  • Comprometer-se com seu plano;

A atenção diária a estes itens requer pouco esforço e aumentará consideravelmente a produtividade, tornando o resultado final mais eficaz e o que é mais importante para o gestor, proporcionará um autogerenciamento, eliminando assim boa parte do trabalho da gestão dispensada a estes profissionais.

Pense diferente, e seja muito mais feliz.

Imagem: Courtesy National Gallery of Art, Washington - Alphonse Legros Thinker (Le penseur)