Por Alexandre Oliveira
Ele chega do trabalho e como de costume troca de roupa e vai para a caminhada diária. A gata felina miando na porta, fecha na cara dela e sai. Acreditando que as outras gatas, as humanas darão a devida atenção, afinal a ideia foi delas de incluir este novo ser vivo em casa a pouco mais de dois anos.
Volta da caminhada, toma banho e computador.
É neste ponto que o ambiente fica tenso, a pequena felina chegou perto e começou a miar.
" Poxa ninguém verificou as necessidades dela. "
Inicia-se o processo de verificações, checagens de rotina, comida, água, caixa de areia, abre-se a porta de acesso ao quintal, quem sabe ela deseja passear. E nada, o miado parou mas a pequena felina como feroz caçadora que é, não sai do encalço de sua vítima, implacável.
O tempo voa, e mais de uma hora de batalha se passa. Ela tenta dizer-lhe algo, mas toda a concentração do humano está focada no computador.
O smartphone toca, mensagem, mensagem, mensagem. E como um escravo acorrentado e acuado não tem outra alternativa a não ser obedecer. Ele fecha a porta do quarto precisa ler, processar, executar.
Recomeça o miado, um apelo incansável de um ser que classificamos como irracional e que nossa inteligência humana insiste em ignorar.
Ele respira profundamente como se um pouco mais de oxigênio fosse capaz de acabar com toda a impaciência que toma conta de seu cérebro, este inundado de questionamentos silenciosos, resultado de uma mente possivelmente perturbada.
" Será que não mora mais ninguém aqui ? "
" Estou sozinho neste universo ? "
" Não tem ninguém para dar atenção a este animal ? "
Quem é o verdadeiro animal nessa história.
Triste sina deste humano, preso a internet das coisas que considera importante, e não percebeu que está recebendo apoio.
Ele não aguenta e abre a porta, e o pequeno ser vivo, a felina que não desistiu de tentar se fazer entender invade o ambiente. De maneira lenta e suave. O miado acaba, e exibindo um olhar de incredulidade, a felina, vê o animal humano sentar novamente na frente do computador.
Mas desistir não faz parte dos planos deste animal felino sagaz. Que cautelosamente escala, sobe na mesa, caminha lentamente, ronronando, e senta-se no teclado do computador.
O entendimento chega, antes tarde do que nunca, a este ser humano, que finalmente abandona a tecnologia e vai até o sofá mais próximo. A pequena gata felina o segue e assim que o vê sentado no sofá, sobe também, deita em meu colo e adormece.
Se não conseguimos entender um número limitado de sinais de um animal de estimação. Como é que vamos entender outro ser humano.
Ah mas o ser humano se comunica através da fala, o que facilita as coisas.
Será que facilita ?
Estamos tão concentrados na obtenção de resultados que estamos ignorando o que realmente importa.
Em vez de pensarmos somente no resultado, está na hora de pensarmos no esforço, valorizando-o.
Pense na quantidade de esforço necessário para que o felino em questão, este pequeno animal de estimação, conseguisse a atenção de seu dono.
Qual foi a última vez que você valorizou alguém pelo esforço independente do resultado ?
Agradecer alguém quando um resultado foi alcançado com sucesso é fácil e natural. Mas agradecer alguém pelo seu esforço, mesmo quando o resultado esperado não veio, isso sim é complicado.
Celebre o esforço tanto quanto ou até mais que o resultado, afinal não existe resultado sem esforço e se continuarmos a ignorar quem se esforça, é muito provável que em breve não tenhamos nenhum resultado a celebrar.
Pense diferente, e seja mais feliz.
Imagem: Courtesy Wikiart.Org - Michael Sowa - A Summer Night's Melancholy
Ele chega do trabalho e como de costume troca de roupa e vai para a caminhada diária. A gata felina miando na porta, fecha na cara dela e sai. Acreditando que as outras gatas, as humanas darão a devida atenção, afinal a ideia foi delas de incluir este novo ser vivo em casa a pouco mais de dois anos.
Volta da caminhada, toma banho e computador.
É neste ponto que o ambiente fica tenso, a pequena felina chegou perto e começou a miar.
" Poxa ninguém verificou as necessidades dela. "
Inicia-se o processo de verificações, checagens de rotina, comida, água, caixa de areia, abre-se a porta de acesso ao quintal, quem sabe ela deseja passear. E nada, o miado parou mas a pequena felina como feroz caçadora que é, não sai do encalço de sua vítima, implacável.
O tempo voa, e mais de uma hora de batalha se passa. Ela tenta dizer-lhe algo, mas toda a concentração do humano está focada no computador.
O smartphone toca, mensagem, mensagem, mensagem. E como um escravo acorrentado e acuado não tem outra alternativa a não ser obedecer. Ele fecha a porta do quarto precisa ler, processar, executar.
Recomeça o miado, um apelo incansável de um ser que classificamos como irracional e que nossa inteligência humana insiste em ignorar.
Ele respira profundamente como se um pouco mais de oxigênio fosse capaz de acabar com toda a impaciência que toma conta de seu cérebro, este inundado de questionamentos silenciosos, resultado de uma mente possivelmente perturbada.
" Será que não mora mais ninguém aqui ? "
" Estou sozinho neste universo ? "
" Não tem ninguém para dar atenção a este animal ? "
Quem é o verdadeiro animal nessa história.
Triste sina deste humano, preso a internet das coisas que considera importante, e não percebeu que está recebendo apoio.
Ele não aguenta e abre a porta, e o pequeno ser vivo, a felina que não desistiu de tentar se fazer entender invade o ambiente. De maneira lenta e suave. O miado acaba, e exibindo um olhar de incredulidade, a felina, vê o animal humano sentar novamente na frente do computador.
Mas desistir não faz parte dos planos deste animal felino sagaz. Que cautelosamente escala, sobe na mesa, caminha lentamente, ronronando, e senta-se no teclado do computador.
O entendimento chega, antes tarde do que nunca, a este ser humano, que finalmente abandona a tecnologia e vai até o sofá mais próximo. A pequena gata felina o segue e assim que o vê sentado no sofá, sobe também, deita em meu colo e adormece.
Se não conseguimos entender um número limitado de sinais de um animal de estimação. Como é que vamos entender outro ser humano.
Ah mas o ser humano se comunica através da fala, o que facilita as coisas.
Será que facilita ?
" Pobre escravo humano, seres que não falam o que pensam, e se a coisa não pudesse piorar, outros tantos não pensam no que falam. "
Estamos tão concentrados na obtenção de resultados que estamos ignorando o que realmente importa.
Em vez de pensarmos somente no resultado, está na hora de pensarmos no esforço, valorizando-o.
Pense na quantidade de esforço necessário para que o felino em questão, este pequeno animal de estimação, conseguisse a atenção de seu dono.
Qual foi a última vez que você valorizou alguém pelo esforço independente do resultado ?
Agradecer alguém quando um resultado foi alcançado com sucesso é fácil e natural. Mas agradecer alguém pelo seu esforço, mesmo quando o resultado esperado não veio, isso sim é complicado.
Celebre o esforço tanto quanto ou até mais que o resultado, afinal não existe resultado sem esforço e se continuarmos a ignorar quem se esforça, é muito provável que em breve não tenhamos nenhum resultado a celebrar.
Pense diferente, e seja mais feliz.
Imagem: Courtesy Wikiart.Org - Michael Sowa - A Summer Night's Melancholy