quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A aliança do samurai

Por Alexandre Oliveira

Godfrey Blow - The Rings of Time

Uma das qualidades que eu admiro nos seres humanos é o da contemplação.

Contemplar requer a capacidade de concentração em ambientes caóticos contendo uma infinidade de sons e movimentos. Conseguir parar, analisar, processar, sem julgar, apenas com o objetivo final de compreender o outro, é sensacional.

Quando minha filha era pequena, ela me questionou sobre uma situação corriqueira em nosso lar, que no ponto de vista dela estava errada.

“- Papai, porque só você leva café na cama para a mamãe?”

Apesar da pouca idade, ela estava contemplando. Todo o tempo que a mamãe tomava seu café ela observou, e questionou.

A origem da pergunta era porque ela não via a mamãe levando café na cama para o papai. E mesmo pequena já havia sido contaminada com a necessidade que temos de que tudo tem a ver com troca, o conhecido toma-lá-dá-cá.

A forma como expliquei a ela foi a seguinte.

“- Você é minha princesa, e sua mamãe é minha rainha, e eu gosto de servir.”

“ - Afinal seu papai é um samurai.”

O significado de samurai, está associado a um grande guerreiro, o que está correto, mas vai muito além disso, tendo uma relação com duas palavras que gosto muito: honrar e servir.

Mas não se honra e serve do nada, é preciso estabelecer algo muito mais denso e profundo.

Para honrar e servir precisamos de uma aliança e não um contrato.

Um contrato é um acordo escrito baseado em desconfiança. As responsabilidades são limitadas, ele já nasce com cláusulas que visam benefícios próprios e prevendo uma futura ruptura estipulando punições.

Uma aliança é um compromisso verbal baseado na verdade. As responsabilidades são ilimitadas, porque não visamos nossos interesses, mas o benefício de outros e não tem data de validade, é infinito.

Seus sonhos, projetos, objetivos, estão baseados em contratos ou alianças?

Não se alcança nenhum sonho, não se realiza nenhum projeto, não se atinge nenhum objetivo se tudo o que fizermos em nossa vida não tiver baseado em alianças.

“Eu me entrego a você e me comprometo com este casamento por toda a minha vida”.

Stephen Kendrick


Pense diferente, e seja mais feliz.

Imagem: Courtesy Wikiart.Org - Godfrey Blow - The Rings of Time

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Jovem movente

Por Janete Leonel

Vincent van Gogh - Starry Night Over the RhoneA palavra movente significa “que move” e que não está estático e sim em constante mudança e
transformação.

O jovem movente é o que percorre vários territórios dentro do ambiente internet e muitas vezes sem saber exatamente o que procura e por essa razão ele poderá navegar ou naufragar.

Ele é o conectado a procurar conhecimento ou mera informação.

Conhecimento é seletivo é aquilo que nos apropriamos e levamos para frente e que transforma o nosso pensamento em ações na prática da vida.

A informação é acumulativa um dado que sabemos porém não dominamos.

A internet pode ser um ambiente de pluralidade de conhecimento ou meramente um ambiente bagunça de informações. Essas fontes de conhecimento nutrem e desenvolvem o jovem.

Esse conhecimento resultará em que tipo de jovem?

Um jovem que tem capacidade de decidir de forma autônoma ou apenas um jovem com muita informação superficial. Esse é o grande risco que os jovens estão enfrentando.

Saber para onde eles querem ir- mover-se e ter clareza do que estão buscando.

O Gato do filme Alice no País das Maravilhas, disse:

 “se você não sabe para onde ir qualquer caminho serve”

Por essa razão ele precisa sair da era da informação e entrar na era do conhecimento.

Ser autônomo e autor de uma vida estruturada e decente.

Usar a tecnologia a seu favor e criar um outro tipo de condição de aprendizado com foco e clareza e discernimento de tudo que recebe de conteúdo.

Para continuar jovem movente e o responsável por mudar o mundo.

Pense diferente, e seja mais feliz.

Imagem: Courtesy Wikiart.Org - Vincent van Gogh - Starry Night Over the Rhone

sábado, 21 de janeiro de 2017

Faça parte de um esquadrão radical suicida

Por Alexandre Oliveira
Pablo Picasso - Harlequin's Family

Aplicar o conceito de esquadrão suicida em sua vida pode parecer radical demais para você?

E se eu afirmar que esta forma de viver e trabalhar em equipe é parte do cotidiano de uma família de vencedores. E vem sendo aplicada com muito sucesso no meio corporativo.

Membros dos chamados esquadrões (squads), são em sua natureza pessoas com alto grau de comprometimento com um objetivo em comum. Não aceitam um "não" como resposta. São seres radicais na sua mais íntima essência.

Evidentemente que estou falando aqui do lado bom de ser radical, que nada tem a ver com segregação, divisão ou rachar.

O ser radical aqui está relacionado ao sentido de não se contentar somente com a superfície das coisas indo até a raiz, chegando a origem e quase sempre cavando a terra um pouco mais fundo.

Esta forma de viver vem migrando do ambiente pessoal e familiar para o meio corporativo com excelentes resultados.

Estes resultados são frutos de três sentimentos principais:

  • fraternidade
  • respeito

Em um ambiente em que estes sentimentos são parte da cultura não existe derrota.

Este é o ambiente padrão de convivência que existe em nossa casa, com nossa família. E no ambiente empresarial esquadrões estão sendo montados baseados nestes três sentimentos, criando uma cultura diferenciada para a gestão de negócios. Esta nova forma de administrar uma organização se dá através da eliminação de estruturas rígidas de poder. As tradicionais estruturas hierárquicas são substituídas por um sistema de compartilhamento da autoridade.

Existe até uma novo termo que está bem na moda atualmente e que está conquistando o mercado: holocracia.

É interessante a capacidade que temos de criarmos novos nomes para velhas fórmulas de sucesso.

E é disso que se trata a criação de esquadrões. Nada mais, nada menos que uma "nova velha" maneira de se unir pessoas, alterando o ambiente através de uma cultura com sentimentos que tem sua origem na família.

Mas onde raios entra o esse negócio de suicídio radical?

No comprometimento com o todo!

Quando estamos realmente comprometidos com um objetivo em comum. Quando acreditamos no camarada que está do nosso lado. Não existe outro caminho, é fazer ou morrer. É sangue, suor e lágrimas.

E serão lágrimas sim, lágrimas de emoção quando alcançamos a vitória.

A tecnologia esta mudando a cada instante, mais e mais máquinas estão automatizando processos e substituindo pessoas. E isso não é algo contra a humanidade, mas sim a favor da produtividade e sobrevivência.

Portanto se a empresa que você trabalha esta partindo para a criação de esquadrões (squads), mudanças culturais, holocracia, não perca mais tempo, pare o que está fazendo, olhe para os lados, valorize o outro, pertença a um esquadrão e seja radical.

Pense diferente, e seja mais feliz.

Imagem: Courtesy Wikiart.Org - Pablo Picasso - Harlequin's Family